quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

2012 - A Chupança Final



Visto que estamos no ano do fim do mundo, conforme vemos em alguns segmentos que se apoiam no Calendário Maia, interpretado por Deus sabe quem, e para faturar existem até filmes cristãos sobre as profecias maias aonde se afirmam que os maias eram cristãos; algumas fixações orais tem me chamado mais a atenção do que a comum estupidez de nossa raça.

Primeiro o chupa-cabras, que à princípio eu acreditei ser originário de Varginha - MG, é conhecido por toda a América Central e do Sul! Ele ataca cabras e galinhas e suga todo o sangue delas.
O interessante é que os estudiosos do assunto afirmam que o animal em questão seria um híbrido oriundo de experiências genéticas feitas por extraterrestres. Assim como os anões cabeçudos cinzas seriam seres biológicos gerados e utilizados como robôs, um novo tipo de ser biológico estaria sendo testado para ser utilizado na Terra. Guarda aí essa informação.

Depois temos a profecia do Planeta Chupão. Dizem que ele vai chupar todos aqueles que não estiverem prontos para a nova era e levar consigo para uma região inferior à Terra.
Sim, o planeta vai se aproximar da Terra para nos chupar através de atração gravitacional, energética, ou qualquer coisa que o valha. Como? Não sei, só sei que será assim! Guarda aí.

Ainda temos a questão do arrebatamento, aonde segundo alguns cristãos mais ferrenhos, os puros serão chupados para os céus! Você estará conversando com uma pessoa e de repente ela some: foi chupada, ou arrebatada, conforme preferem alguns.

Ao saber das previsões econômicas para 2012 na Europa fiquei ainda mais impressionado: o crescimento será muito baixo porque os recursos dos governos estão sendo chupados para aplacar a crise financeira.

Soma-se ainda a isto o boato de outros seres estranhos que estão sendo vistos na Terra. Dois deles foram fotografados. As duas fotos abaixo que recebemos são óbvios flagrantes de seres que não queriam ser fotografados. Não temos mais informações porque a pessoa que enviou a foto sumiu. Deve ter sido chupada!




Será que seremos chupados para a salvação ou para regiões inferiores? E com tudo isso, para que serve o chupa-cabras? Com toda essa informação só nos resta concluir o óbvio:

Não importa o que aconteça: devemos estar prontos para sermos chupados a qualquer instante!


sexta-feira, 8 de abril de 2011

Conversa entre Dois Bebês

Pessoal, recebi esta crônica piada por email e achei tão interessante que tentei descobrir o autor. Não consegui descobrir, por isso compartilho o texto com vocês mesmo sem conhecê-lo (a) e o (a) parabenizo pela criatividade! Se alguém souber quem escreveu avisa a gente!

Conversa entre Dois Bebês


- E aí, véio?

- Beleza, cara?

- Ah, mais ou menos. Ando meio chateado com algumas coisas.

- Quer conversar sobre isso?

- É a minha mãe. Sei lá, ela anda falando umas coisas estranhas, me botando um terror, sabe?

- Como assim?

- Por exemplo: há alguns dias, antes de dormir, ela veio com um papo doido aí. Mandou eu dormir logo senão uma tal de Cuca ia vir me pegar. Mas eu nem sei quem é essa Cuca, pô. O que eu fiz pra essa mina querer me pegar? Você me conhece desde que eu nasci, já me viu mexer com alguém?

- Nunca.

- Pois é. Mas o pior veio depois. O papo doido continuou. Minha mãe disse que quando a tal da Cuca viesse, eu ia estar sozinho, porque meu pai tinha ido pra roça e minha mãe passear. Mas tipo, o que meu pai foi fazer na roça? E mais: como minha mãe foi p assear se eu tava vendo ela ali na minha frente? Será que eu sou adotado, cara?

- Como assim, véio?

- Pô, ela deixou bem claro que a minha mãe tinha ido passear. Então ela não é minha mãe. Se meu pai foi na casa da vizinha, vai ver eles dois tão de caso. Ele passou lá, pegou ela e os dois foram passear. É isso, cara. Eu sou filho da vizinha. Só pode!

- Calma, maninho. Você tá nervoso e não pode tirar conclusões precipitadas.

- Sei lá. Por um lado pode até ser melhor assim, viu? Fiquei sabendo de umas coisas estranhas sobre a minha mãe.


- Tipo o quê?

- Ela me contou um dia desses que pegou um pau e atirou em um gato. Assim, do nada. Maldade, meu! Vê se isso é coisa que se faça com o bichano!

- Caramba! Mas por que ela fez isso?

- Pra matar o gato. Pura maldade mesmo. Mas parece que o gato não morreu.

- Ainda bem. Pô, sua mãe é perturbada, cara.

- E sabe a Francisca ali da esquina?

- A Dona Chica? Sei sim.

- Parece que ela tava junto na hora e não fez nada. Só ficou lá, paradona, admirada vendo o gato berrar de dor.

- Putz grila. Esses adultos às vezes fazem cada coisa que não dá pra entender.

- Pois é. Vai ver é até melhor ela não ser minha mãe mesmo... Ela me contou isso de boa, cantando, sabe?

Como se estivesse feliz por ter feito essa selvageria. Um absurdo. E eu percebo também que ela não gosta muito de mim. Esses dias ela ficou tentando me assustar, fazendo um monte de careta. Eu não achei legal, né. Aí ela começou a falar que ia chamar um boi com cara preta pra me levar embora.

- Nossa, véio. Com certeza ela não é sua mãe. Nunca que uma mãe ia fazer isso com o filho.

- Mas é ruim saber que o casamento deles não está dando certo... Um dia ela me contou que lá no bosque do final da rua mora um cara, que eu imagino que deva ser muito bonitão, porque ela chama ele de 'Anjo'. E ela disse que o tal do Anjo roubou o coração dela. Ela até falou um dia que se fosse a dona da rua, mandava colocar ladrilho em tudo, só pra ele passar desfilando e tal.

- Nossa, que casamento bagunçado esse. Era melhor separar logo.

- É. só sei que tô cansado desses papos doidos dela, sabe? Às vezes ela fala algumas coisas sem sentido nenhum. Ontem mesmo, ela disse que a vizinha cria perereca na gaiola... já viu...essa rua só tem doido...

- Ixi, cara. Mas a vizinha não é sua mãe?

- Putz, é mesmo! Tô ferrado de qualquer jeito.




segunda-feira, 4 de abril de 2011

Aos que Dispensam Homenagens

Muita gente respondeu aos movimentos pedindo atenção ao povo japonês, tanto no envio de ajuda física quanto às preces e boas energias. Na ocasião eu comentei que não tinha dúvidas quanto a capacidade deste povo em reerguer-se rapidamente, mas me surpreendi com algo:



Observe a primeira foto da rodovia Grande Kato, em Naka, em 11/03/11 e a foto seguinte da mesma rodovia, no mesmo trecho, em 24/03/11:


Apenas para concluir o raciocínio, a reforma da estrada começou apenas dia 17/03 e dia 23/03 à noite a estrada foi liberada para o tráfego!


Temos aqui mais um motivo para agradecermos por não haver terremotos no Brasil. Se algo assim ocorresse numa estrada aqui, demoraria 6 meses para abrir a licitação para ver quem é que poderia consertar a estrada e três meses depois seria anunciada a vitória de um consórcio da Camargo Corrêa com alguma empresa local. Tudo em caráter de urgência!

Como a minha intenção aqui é somente homenagear o povo que dispensa homenagens, aproveito para copiar o texto da Monja Coen, brasileira que viveu muito tempo no Japão, porque o achei simplesmente perfeito!

"Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão,me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro. Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.


Como educar pessoas a ter sensibilidade suficiente para sair de si mesmas, de suas necessidades pessoais e se colocar à serviço e disposição do grupo, das outras pessoas, da natureza ilimitada?

Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.

Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.

A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.

A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas. Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.

Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.


Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos-mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.


Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.

Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.

Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem. Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades.


Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas. O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.

Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.

Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.

Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.

Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.

Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.

Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.

Mãos em prece (gassho)"


Monja Coen




Se você quiser saber mais sobre a Monja Coen e seu trabalho na difusão do Zen Budismo no Brasil, visite o site dela.





terça-feira, 29 de março de 2011

Homenagem a José Alencar

Conhecem-se poucos brasileiros que dedicando-se a política tenham mantido sua dignidade. Por isso, quis fazer uma homenagem ao nosso ex vice presidente que nunca se esqueceu de suas origens e mostrou-se bravo e honrado durante toda a sua permanência na Terra.



INICIAÇÃO


Não dormes sob os ciprestes,

Pois não há sono no mundo.

O corpo é a sombra das vestes

Que encobrem teu ser profundo.


Vem a noite, que é a morte,

E a sombra acabou sem ser.

Vais na noite só recorte,

Igual a ti sem querer.



Mas na Estalagem do Assombro

Tiram-te os Anjos a capa :

Segues sem capa no ombro,

Com o pouco que te tapa.


Então Arcanjos da Estrada

Despem-te e deixam-te nu.

Não tens vestes, não tens nada :

Tens só teu corpo, que és tu.



Por fim, na funda caverna,

Os Deuses despem-te mais.

Teu corpo cessa, alma externa,

Mas vês que são teus iguais.



A sombra das tuas vestes

Ficou entre nós na Sorte.

Não 'stás morto, entre ciprestes.

Neófito, não há morte.


(Fernando Pessoa)

sábado, 22 de janeiro de 2011

de Stephen Crane


No deserto vi uma criatura, nua, bestial, que agachada ao chão segurava nas mãos o seu coração e dêle comia. Perguntei: "É gostoso, amigo?" "É amargo, amargo", ele respondeu. "Mas gosto dêle por ser amargo e por ser meu coração." Stephen Crane (1871-1900)

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Pedras e Felicidade

Mensagem de final de ano:

Os últimos anos foram especialmente atribulados para nós e sabemos que para alguns amigos também. Graças à Deus a contabilidade final sempre nos traz crescimento de uma forma ou de outra e bons motivos para comemorar. Agradecemos pela sua amizade e companheirismo ao longo de mais um ano, e também pela sua compreensão em muitos momentos. A Rô (minha mulher) esteve comentando sobre a necessidade de tirarmos as corretas lições das atribulações porque é pelo atrito que se lapidam os diamantes. E por saber da necessidade de nossas lapidações, lembrei-me de uma poesia que fala sobre pedras e felicidade. Os nossos votos de que você consiga superar todos os eventuais obstáculos no próximo ano e aprender com eles são reais e sinceros. Apenas pegamos emprestada a poesia do Fernando Pessoa porque achamos que ele escreve direitinho :>P



PEDRAS NO CAMINHO



Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes,


mas não esqueço de que minha vida


é a maior empresa do mundo...


E que posso evitar que ela vá à falência.



Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.


Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e


se tornar um autor da própria história...



É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar


um oásis no recôndito da sua alma...


É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.



Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.


É saber falar de si mesmo.


É ter coragem para ouvir um 'não'!!!


É ter segurança para receber uma crítica,


mesmo que injusta...



Pedras no caminho?


Guardo todas, um dia vou construir um castelo...



(Fernando Pessoa)

Com sinceroso votos de um Maravilhoso 2011 repleto de realizações!

sábado, 2 de outubro de 2010

O Enigma do Título Eleitoral

Imaginem vocês que aqui no Brasil temos um documento expedido por um órgão federal, denominado Título Eleitoral, que tem essa aparência aí:
Sem ele você não consegue se candidatar a cargos públicos, não tira passaporte e não consegue se registrar em nenhum conselho regional profissional. Sabe o que é mais interessante? Ele não serve para votar!

Até onde eu tenho conhecimento, o Brasil é o único país em que o Título Eleitoral não serve para votar! Se você for votar somente com o seu título, sem outro documento que tenha foto, não conseguirá votar. Contudo, se perder o título e apresentar outro documento com foto pode votar sossegado!

Gostou da curiosidade? Então vamos aplaudir!